gelado
sobre o petróleo plástico
o vidro gelado
derrete
enquanto eu desisto
de esperar
por alguma coisa.
meus sonhos secaram
durmo e feito pedra
também acordo
escrevo no escuro
e nele mesmo
abandono-me
sem ponto final
o vidro não cessa
de invadir minha casa
é o casco
a ampola
é o seu sorriso
todo errado
o vidro chegou novamente
quase congelado
eu o bebo
inteiro
boquete no gargalo
bebo tudo
e durmo
passavelmente bem
posto não seja
preciso
devolver
os cascos.
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