A parada de ônibus
óculos escuro
para preservar do sol frio
as lágrimas que ainda agora
teimam em rolar
Na parada do ônibus
óculos escuro
para nublar as cores
e ressaltar a altura do prédio
Monstro
do qual você se foi
para não voltar
Parada
no ônibus
eu me culpei por não ter ido
te ver
ter ido
sentar ao seu mármore
e lhe dizer
as palavras que hoje ao vento
eu teimo em lançar
Parada entre os amigos
sentindo entre tantos sentidos
um buraco
uma escoriação
uma pele rasgada
e faltando dentre ela
uma costura
certa comoção
Parada do ônibus
eu volto para onde agora vivo
e tudo volta a parecer sem sentido
e tudo volta a se chamar vida
e já não é tão estranho essa azia
essa corrupção na própria lida do dia
nada é tão estranho
Parada
eu no óculos escuro
olho o céu em preto e branco
e nele te imagino
indo e voando
partindo e voando
sempre voando
nunca voltando
Não importa
parada do ônibus
eu desço apressado
o dia me reinvindica
e você no céu
eu sempre em seu percalço
Fique comigo
acompanhe meu destino
ponha sua mão
seus cabelos vermelhos
interfira o seu sorriso
e não me deixe temer nem amar
a altura dos prédios dessa cidade
não me deixe temer nem amar
meu próprio e negro umbigo
Não me deixe reconhecer minha face no fundo de um ou outro precipício
ainda não
não me deixe
Estou com você
na parada
de um ônibus
indo e sonhando
partindo e sonhando
sempre sonhando
sempre você
...
óculos escuro
para preservar do sol frio
as lágrimas que ainda agora
teimam em rolar
Na parada do ônibus
óculos escuro
para nublar as cores
e ressaltar a altura do prédio
Monstro
do qual você se foi
para não voltar
Parada
no ônibus
eu me culpei por não ter ido
te ver
ter ido
sentar ao seu mármore
e lhe dizer
as palavras que hoje ao vento
eu teimo em lançar
Parada entre os amigos
sentindo entre tantos sentidos
um buraco
uma escoriação
uma pele rasgada
e faltando dentre ela
uma costura
certa comoção
Parada do ônibus
eu volto para onde agora vivo
e tudo volta a parecer sem sentido
e tudo volta a se chamar vida
e já não é tão estranho essa azia
essa corrupção na própria lida do dia
nada é tão estranho
Parada
eu no óculos escuro
olho o céu em preto e branco
e nele te imagino
indo e voando
partindo e voando
sempre voando
nunca voltando
Não importa
parada do ônibus
eu desço apressado
o dia me reinvindica
e você no céu
eu sempre em seu percalço
Fique comigo
acompanhe meu destino
ponha sua mão
seus cabelos vermelhos
interfira o seu sorriso
e não me deixe temer nem amar
a altura dos prédios dessa cidade
não me deixe temer nem amar
meu próprio e negro umbigo
Não me deixe reconhecer minha face no fundo de um ou outro precipício
ainda não
não me deixe
Estou com você
na parada
de um ônibus
indo e sonhando
partindo e sonhando
sempre sonhando
sempre você
...
Um comentário:
MEU DEUS! QUE COISA LINDA! QUANTO AMOR NESTAS SÍLABAS. TE AMO COMO ELA.
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