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domingo, 10 de junho de 2012

Auto

Palavras tão prontas

tão tristes

tão tontas

Respostas tão fáceis

tão frias

tão mortas

Por que me pergunto sempre
as mesmas dúvidas
impróprias?

Lapso

Volteio

Aqui estou eu
de novo
e novamente

ao meio.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Mas se eu puder

Dizer alguma coisa
Eu então posso aguardar o quanto for
Se eu puder te escrever
Ou mesmo apenas sorrir
Eu então repleto.

Tu podes sequer chegar
Tu não precisas sequer vir
Eu aguardo
Ciente da nossa ficção.

Enquanto ela escuto

Penso que se corro tanto assim
Perderei sempre a oportunidade do jogo.
Não quero ir veloz
E não apontar o lápis
Não quero não lhe mirar
O olho.

Se corro assim tanto como faço
É só porque a correria me engoliu
e fez de bobo.

Pois é bobo aquele que não joga
O destino
Ao outro.
Não cria jogo
Não brinca quente
nem morno
É pois bobo.

Todo e qualquer ser
Alheio ao jogo.