Pesquisa

segunda-feira, 11 de novembro de 2024

o eu se infiltra

Os versos deste poema
não são pedra
E se fossem, sabemos
rachariam
Tantos sustos e climas
violentas ventanias
A erosão que uma língua causa
nem silêncio remendaria

Dizia que sim
o eu daria o seu jeito
de rasgar o impedimento
O eu viria manso e vago
daquele conhecido jeito
E feito um convidado
não tão surpresa assim
já logo seus pés olhem ali

sobre o limpo estofado. 

O facto de teres arrancado o seu eu de todos os poemas não te torna menos apaixonada por ele
ou por si mesma

atenção 

tirar o eu do baile
não é para assassiná-lo
mas sim para que encontres
outras obsessões. 
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário