Ele está diante da porta
outra vez
fechada.
Por alguma razão hoje
ele espera paciente
não há mais nada.
O que pode ser feito?
Ele espera como quem eclode
como quem transmuta
como quem espera.
A porta é aberta
(o tempo não esteve neste esquema)
a oferta é direta:
— Pois não, senhor.
— Gostava de fazer uma devolução.
— De qual produto, senhor?
— Deste.
— A camiseta?
— Não, este, este dentro da camiseta.
— O senhor, senhor?
— Gostava de devolvê-lo.
(e eu sequer tenho imaginação para continuar)
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