Perceber que é preciso se ser
é tarefa longínqua
talvez um dia trinta anos
num vento se perderia
e de novo o espanto
subindo a ladeira
Você perceberia que sim não há tempo é mesmo determinante ser quem se é
na manhã seguinte
o café te abraçando por dentro
perguntarias quem és tu
Quem és tu mesmo mesmo?
e lavaria as louças
e é preciso comprar lasanha
mais outra vez distraído
quanto mais mais longe de ti se colocas
noutro mês o susto outra vez
estacionando o carro
vaga apertada
Por que não aceitas sem quem és?
Como é? Respondendo a si mesmo
Como é o quê?
com o tempo até o tempo
perde a paciência
(eu só te peço que no ser quem tu és
Não se machuque, por favor,
para que possas ser por um bom tempo
Este
que tu és)
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