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sábado, 1 de agosto de 2020

Fim

A coragem traz consigo alguma dor. Traria o fim algum novo início? Pergunto-me, perplexo. O que fiz? Que fazer? O que se passa?
Tenho receio de com o fim trazer a perda até mim. Tenho receio de ser sinuoso e querer trazer o fim não para mim, apenas para os outros. 
Seria possível partilhar a tortuosidade de tudo isso? 
Não sei o que fazer. Inominável sensação. De querer continuar sem saber como. De não querer parar sem saber como faz para andar adiante. 
Estar em roda nem sempre é conseguir estar de pé. De pé, ereto, autônomo e orgulhoso, como faz para fechar os olhos e se lançar? 
Pesa o peso. A responsabilidade real é inventada. Uma construção. Uma relação construída.
Constrói como? O que está arruinado, como reconstruir? Haveria outro movimento possível? 
Posso parar de perguntar? 

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