As coisas mais sinceras
Te escrevo que ainda te amo
Mas por amar
Entendo não só verões e invernos
Compreendo e aceito também as primaveras
Te escrevo menos por ti
Menos por nós
Mais por mim
Escrevo em mim
Para que não me esqueça
Que se te ainda amo
É porque ainda há tempo
Tempo por vir
Tempo para redefinir
Tempo para que eu me lembre
Que você não é mero capanga
Que eu não sou banhista em mar tranquilo
Em alto mar
Grito o amor que não veio
Ele se afoga
Mas eu sobrevivo
Frente a tanta cocaína
Meio quase lúcido
Transpiro a ousadia que foi
É
Ter escolhido
Não te odiar
E te dou conselhos
E me acalma o brilho de seu olhar
Tao cínico e doído
Tão você tão homen velho
Precipício
Às coisas mais honestas
O meu desenrolado ajoelhar
Que durem e perdurem
Que saudade teria sido ter podido te amar.
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