Nem tão homem assim, por favor
Aceite este breve retorno
À casa da infância
Como um convite ao jogo
Um programa
Que tal? Refazer trajetórias de antes?
Deitar sobre a grama do quintal
Como se não houvesse depois?
Parar quieto num lugar
Num ponto da casa
E ali ficar, vendo sobre o corpo
Passar tanto ali já vivido.
Um reencontro consigo. Talvez isso
De estar em casa e voltar a lhe ser íntimo.
Talvez nada demais, nem tão velho
Nem tão triste. Passar as mãos
Pelas paredes, ouvir de volta
Aqueles arrepios que te inauguraram.
Que tal? Gastar mais tempo conversando
Sobre o passado, com o atual pai?
Não haveria medo, não haveria a necessidade
De um homem que não sabia se tinha
Que se tornar um homem.
A mangueira. O poço a piscina
Os telhados de barro vermelho
As verdes plantas, aquelas rimas
O canil desativado
A caixa de gordura
O canteiro de terra fofa
Os interruptores
E a Bíblia sobre o aparador da sala.
Às pausas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário