Vai
Posta em letras garrafais
Que o crime é do outro
E não seu.
Vai
Pública que a mentira sua
É verdade, plena, conte-nos
Que ela assim aconteceu.
Invista
Nessa correria sem freio
E me faça perder o jeito de mirar
O mundo com a calma necessária.
Calma para ver além do dito habitual.
Calma para ver se se mata alguém
quando é divulgado apenas
Que a morte foi coisa natural.
Vai assim forjando um mundo
Este, em que o poder sobre os outros
te faz poder ter mais poder.
Force a dor
Manipule a esperança
Desfigure o amor
E faça com que se dance
A sua pobre dança.
Dança macabra.
Jogo sem objetivo algum exceto
A destruição
A posse
A propriedade dada a poucos
E não a muitos
Compartilhada.
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