Já não considero o futuro
Algo porvir;
Perdi também a aflição
Por estar presente;
O amanhã sempre se confirma
Na ação de postergar;
Bocejo como quem respira,
Durmo como quem enzima,
Seria preciso ter sido outro,
Mas sou este ainda;
A poesia no fim foi como antes
Dedicada distração;
O amor lindo como um bom
Pedaço de queijo;
O sexo é o dinheiro,
Também passariam;
30 anos e eu perceberia
Não faz sentido algum
e a tamanha falta
chamar íamos
Oh, vida.
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