Seria preciso desenhar o futuro
em caso de desistência
do instante presente.
Esboçado, com traços a lápis
talvez, diriam os homens da ciência,
seria preciso ir com prudência.
Seriam bem vindos os cânceres.
Todos seriam bem recebidos.
É tudo sobre eles.
E sobre essa dor.
Esta dor, um dos homens sinaliza
algo sobre a mesa branca.
Um músculo retesado
um pedaço de vida
Isso é vivo?
Se se mexe, podemos afirmar que vive?
Em silêncio,
eles observam confusos
a perdição de sua época.
Seria preciso acabar com a poesia
Ele afirma: é ela que nos desnorteia,
não sabemos andar sem metáforas.
Mas,
uma criança arromba a porta
e afirma:
Devolvam meu brinquedo!
É meu!
Devolvam!
Pesquisa
domingo, 23 de julho de 2017
quarta-feira, 19 de julho de 2017
Talvez depois
Viria então uma tragédia
Possível, mas indigesta.
Algo de súbito mudaria
O curso dos caminhos
Desnortearia o desejo.
Não sabemos o que aconteceu.
O dia tinha sido ameno, mas
As notícias ganham corpo
E volteiam os mais sórdidos pensamentos.
Não. Não pode ser.
Ouviram alguém dizer.
Mas sim. Já estava ocorrido
Já tinha entornado.
O horror
Que horror?
Hoje caminha lado a lado.
sexta-feira, 14 de julho de 2017
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