Parei de usar marcadores
Pois minha dor dissipou.
Parei com marcadores
Porque agora tudo joga
Junto. A alegria de estar
Solto. Repleto. Em jogo
Por novo outro amor.
Pesquisa
terça-feira, 29 de setembro de 2015
Marcador
Sobre passar o carro por cima do costume
E sem rouquidão
Pular já para a segunda
Houve princípios e iminência
De loucuras
Mas avança o carro
Feito catarro destinado
A pôr fim
A minha auto-tortura.
Nunca havia querido
Mas houve
Houve a dúvida
Houve o amor
Talvez hoje
Talvez
Apenas talvez
Recíproco,
Não.
Não.
Repito o não
Para chegar à marcha terceira
E para à quarta
Estou indo.
Atropelando o hábito que se plantou em mim feito falta incapaz de ser mudada.
Que é mesmo o tempo da dor.
De que o fim antes de matar
Move o amor
A mim
Destinado.
Sem freio
Porque mais fundo eu virei
Depois de por ti ser atropelado
Mas a sorte me veio
Cobrar pedágio.
Os rastros.
Tua espera
É linda
Por mais que
No seu olhar
O tempo meu
Seja máquina de tortura.
Tua espera é linda
E beira nisso a loucura
De desautorizar o coração
Para aceitar meu tempo.
Tempo meu não corre
Não se faz depressa
Tempo meu espera
O rubor nascer tranquilo
Não quero te amar
Se meu peito não trepidar
Por isso.
Um gesto
Um gesto indo não vindo
Você o espera
E em mim
Ele resta adormecido
Ainda no sono dos sonhos
Ainda recluso
Sem uso
Amor
É nome seu que mora
Ainda nas papilas gustativas
Beija-me
Como ontem
Beija-me hoje
Como ontem
Para acordar em mim
Seu carinho
Que tanto temo.
Temo?
Tremo
Temo?
Tento ler
Minha confusão cria o clima
Do seu cuidado todo gentil.
Tua espera é linda
E quanto mais ela dura
Mais você se finca em mim.
Meus ombros
Muito tensos, de fato.
Atingem o alto
Esbarram nos ouvidos
Feito ombreiras
De outro tempo
Já ido.
Manifestam o extemporâneo
Que sou quando o que sou
Se refaz a cada instante.
Um mundo
Que por não ter vindo
Ainda
Por isso, sobem os ombros meus
Destemidos
Buscam meus ombros
O lá longe
O lá maior e mais distante
Que só você há de apaziguar
Hoje te chamam
Querendo se possível
Ao seu lado dormir
Planície virar
sábado, 26 de setembro de 2015
Time Thinks
It is thinking
Over me.
I can fell
Time is thinking
Over my body
Across my feet
That's not a problem
It's just something new. Think
That time is thinking
While I'm smoking
And loving and
Dying. Time is the most
Important part of my life
And death
And that is it.
No more games
Time is while
I'm here
One more try
Some kind of faith
My eyes looking
Trought my face
The morning
Musics very loud
And every little thing
And I found what wasn't here
In the front of my eyes
The things outside
Now they're talking to me
I live
I survived
I breath
Then when
I was a young boy.
I heard
And guess what?
It seems, for me,
Excel what you always were.
The same old and
Boring track
You and you and the rest.
For the first day
I really rest in peace
Because you no longer more
Interest me.
If all this is my way
To kick your ass
Nevermind
Means nothing for me
Nothing
Except
Inside all the human beings.
o que me causa o seu nome
a certeza é uma
a porta bate e corta o fio
escuro vazio
a porta bate e decepa
a ponta do seu dedo
você me olha em grito mundo
e eu vejo jorrar
o seu sangue
em meio
às caixas de nossa mudança
que não veio
que ainda não veio
uma coisa de cada vez
eu não quero dizer
i'm affraid to tell you
but
você poderia tentar precisar de mim
um pouco menos?
o dedo ainda sangra
seria uma dança
as coisas da casa
feito a samambaia
tudo solto
em meio ao vento
por que sempre esse verso?
tanta coisa linda te acontecendo
e a poesia incapaz de.
incapaz de.
o café esfriando.
seguro o tempo
para um primeiro cigarro
dói a cabeça
eu sei eu saio
seu dedo cessa a torrente
você está branco
a morte já lhe aproxima
dela própria
essa música é boa
essa boa é fera
música
música
bate a porta
e corta o fio de som
que me entretinha
eu permaneço
eu não saio
eu fico
eu estou aqui
sexta-feira, 25 de setembro de 2015
Titles
And the other side
Effects and drug interactions
Analysis for the first time
Anyone has any other question
You might have a few days
I will not be able to get the
Best way to get the most important
Is that the only thing is
Occlusion
Audio
Caneta nem papel
Escrevo em pensamento
Nunca te conheci
Mas sei que sim
Você vasculha
O meu sossego
segunda-feira, 21 de setembro de 2015
Agenda
Fazer acontecer
No tempo planejado
Romper o segredo
Ouvir o passado
Eu estava lá
No futuro eu me vi
Queres beber comigo?
Onde foi que me perdi?
Continue
Siga os seguintes
Critérios para que
Possamos ter um bom dia
Veja:
Durma. Um pouco mais. Durma
Um pouco mais. Durma um pouco
Mais. Durma um pouco mais.
oh, meu irmão
dessa vez foram milhões
com que força você consegue
tanto assim se machucar?
quando foi
que a metáfora do umbigo
a nos costurar e a família
nos transformar, quando foi
que se arrebentou?
sua fome é doença
sua sede tem pressa
e enforca a possibilidade
da comunhão eterna.
querer sair
queres crescer
mas como?
por cima de quem?
você não está sozinho,
mas precisa saber que está perdido
e já sem forças para se encontrar.
ceda. suas mentiras são ruins
e cansaram nosso amor nossa beleza
ceda. o seu desespero é agora
o seu gesto
o seu nome
e o seu fim.
se quiseres, porém, continuar
mudar para continuar
De novo e mais uma vez
Estou aqui.
Pertencer
Ao vento
Sob alguma coisa
Ou alguém
A quem?
Pertencer
Como quem tem
Mais no outro
Que em si
A quem eu posso?
Vincular-me assim?
Lá fora a cidade arde
Dentro algum silêncio
Era cedo e já é tarde
O que esconde?
A fé, quando vacila,
Mostra o quê?
Porque eu não sei andar com o que
Aconteceu. Não sei dessa outra coisa
Que não tem como eu saber.
Arde lá fora e aqui dentro?
Foi tanta mentira.
Tanta. Que a alma agora
Agradece, apesar de ressequida.
Acordar junto ao sol
E sorrir frente ao espelho.
O que é isso que eu sinto
Que eu já não sabia mais
Sentir?
Eu pertenço ao jogo
De estar vivo. Caindo rápido
E sorrindo, nevrálgico
Eu estou aqui.
Eu estou cheio e aqui
Repleto de carinho. Surrado
De amor.
domingo, 13 de setembro de 2015
O homem fez sinal
Mas o outro fez que não viu
e seguiu
Um homem fez um sinal
e você, moço, fingiu que não viu
Mas viu
Você viu
Nós vimos
Todos
Todos viram
Que um homem fez um sinal
Que apenas você, moço,
Fingiu não ver.
A natureza te reprova.
A chuva cai densa
Enquanto você finge existir
Independente das coisas todas.
O semáforo fica vermelho.
Ao menos isto. Você para a condução
Moço, ao menos isto, você freia
E então
O senhor que fingiste não ver
Surge ao seu lado
Batendo à porta do ônibus
E você abre
Você abre
Você abriu
Eu vi
Nós vimos
Um senhor fazendo um sinal.
sábado, 12 de setembro de 2015
Dez
Desculpas
Dói
Desafios
Diminuição
Drinker
Dilma
Délhi
Dickens
Dnbvgjjkgxvnmkgcb
Deus
Danos
Diversos
Desculpas
Destinadas
Exclusivamente para fins de estudo
E a minha vida inteira
É um dos melhores produtos
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Cry
Oi
Fernando
Pessoa
De
Jesus
Cristo e eu
Não
Sei
Como é
Que eu não tenho
Acesso
Oi
Paulo
Roberto
Carlos
Alberto
De Oliveira e eu
Não tenho nada
Contra
O tempo de resposta de um
OK
O meu coração
Que eu não tenho
Acesso
A rede
De dados
Dardos
Oi
Fernando
OK
Neblina
Nunca mais
Voltou. Segue abaixo
A chance
De eu ter uma conversa com os outros que não os outros que não os dois primeiros
OK
O meu coração é um pouco
Mais
De um jeito diferente
De tudo
Que eu só tenho
Que fazer
Com
A
Cuca
Por
Isso
Não
É
Possível
Também
A
Laura.
Chuva
Cai
Continua
Com certeza
Calma
Calmaria
Céu
Cinzas
Certeza
Como combinado
Cá conservo
Centenas
Cúmulos
Confio
Casa
Carlos
Cardoso
Casa
Comentários
Cidade
Casa
Ciúme
Cunha
Coutinho. Coisa
Linda
Coisa linda
É te imaginar
Aqui deitado
Ao meu. Meu
Lado.
Open Up
To show you who I am
You just have to ask me
Don't worry
I will tell you
Please. Ask me
So I can show you
Who I am.
Stop being scary
I'm here
No hiding games
I am here
So I can show you
How much I care.
Simple verse
Nothing else
Just ask me
Then I will do it
I'll show you
With all my pleasure
I'll show you
And you will see
That what I am
It's not exactly
What you want me to be
For sure
I know
I always knew
That I am in love with you.
Amigo
Quando não nos foi possível
O amor, não sei se eu ou você
Dissemos amigo
Amigo, nós nos dissemos
Sem saber como lidar com isso
Não me lembro do primeiro dizer
Mas conservo a confusão de ouvir
E me ouvir dizer, amigo
Amigo como aquilo capaz
De nos conter
E então você hoje busca
O canto dos meus lábios
Você hoje me busca num repentino
E fragmentado afago
Amigo, amigo, o que foi?
Eu acreditei em nossa amizade
E agora o que você quer me dizer?
Algo além? Algo mais, amigo?
O que há, amigo, com você?
Sua leveza não me machuca
Sei seu sorriso sem som
Sei seus gestos mais expressivos
Você virou, amigo, meu amigo
Mas esse beijo pela metade
Nem sequer me destrói
Traduz-se apenas feito feitiço
De menino
Que menino
Menino
Moleque nobre
Menino amigo
Amigo
Entre a gente é só tudo isso
Coisas de grandes e imensos
Amigos,
Amigo.
terça-feira, 8 de setembro de 2015
Pinçada
Por favor, apenas o legível
Eu te imploro, por favor
Apenas palavras legíveis
Não quero um pelo fora
Da barba em celeiro.
Uma vírgula antecipa
O tropeço. Amanhã já não terei
Controle. Tudo ficou um pouco
Turvo. Quantos anos você teria
Hoje se já tivesse morrido?
Eu falei por aqui
Ele queria entrar
Eu disse é por aqui, filho
Ele se espantou, afinal
É uma possibilidade isso de
Se espantar.
Vaguei
Vagueei
Vagabundeei
Nem sei
Fui tanto
Que o tanto me refez
E desfez e tentei
Mas o som que sobra
É o de olhos fechando.
Seja um corpo
Seja um corpo
Não, menino
Não, menino, não pense
Tanto.
Tirou o boné.
Pensou que um dia a felicidade chegaria.
Não esperou e um dia ela veio.
E distraído, deixou que ela passasse.
E a vida virou esquecimento da alegria
Para virar trepidação com o presente
Nu
Presente. Surpreende. Suspende.
Seja um corpo!
Ponta
Acende a cabeça e germina o chão
Oco, o corpo gira cabisbaixo
Neblina lá em cima
E aqui tudo suspenso
O que foi perdido voltará um dia?
O que se perdeu é algo que se tem
Para sempre
Ao contrário do que ainda não conheci.
Alta memória me eleva ao chão
De costas
Rebobinador de mundo
O amor
É só uma fruta que demora a germinar
Sendo comida muito rápida.
Nao é o tempo secura
É apenas raiz dançando em terra asfaltada
Demora
Demora
Demora
Até que estala.
Desarranjo
Abaixe a cabeça
Não, tempestade
Mesa e este senhor me olhando
Tempestade de manhã cedo
Camisa verde
Troca de lugar, Clara
Os ex namorados
Amam jogar
Para sempre
Sua camisa listrada
Vão te assaltar
Entre agora
Porque há tortura pedindo por corpo novo
Corpo cru e puro. Só se houver
Abertura
Ele olha para dentro da caixa
Ela fala ao telefone, mas tem a mão
Sobre a boca
Ela esconde a voz
Ele tira a roupa?
Tira
Tirou
Ele está nu
Ela está escrevendo alguma coisa
Enquanto alguém morre sem que eu saiba
Crianças não podem
Não devem ficar
Sozinhas
Em casa
Mesmo com amor mesmo assim
Nunca farão que o ódio seja faraó
Destemido a gente segue
Sem
Deus
Que é um pouco da minha vida
É assim mesmo
Tempo e dinheiro para pagar
As despesas de um amigo
Que mora na cidade da hora
Ainda
Ainda
segunda-feira, 7 de setembro de 2015
não havia necessidade
não havia demanda alguma
exceto continuar, exceto seguir
cuidando das coisas mais abruptas
e carentes de cuidado
não havia necessidade
não precisava
se desgastar tanto
em coisa tão já improvável
não precisava
é só o que sei dizer
veja: o café esfria
enquanto você teima
em sofrer aquilo que quer sofrer
mas não precisa
você já fez o possível
e pouco mais que isso
já fizestes tudo
agora entenda
será preciso fazer tudo de novo
mas com outro alguém
você compreende?
você me entende?
eu entendo
e você?
eu também
eu também
eu também\
sábado, 5 de setembro de 2015
Pretendo fazer barba e cabelo
vou me olhar no espelho.
Já faz tanto tempo e eu sem me mirar.
O que poderei descobrir na beira seca
do meu olhar?
Sinto dores no corpo. Penso que a idade
não chega, ela vai se estacionando ao seu lado.
O café ainda quente, o chocolate devorado.
Pretendo fazer barba e cabelo
e, sobretudo, passar uma loção com teor alcoólico bem alto
Para sentir arder a vida
que ainda faz de mim
Ser carregado.
quinta-feira, 3 de setembro de 2015
Sem gelo
Por favor, moço
Sem gelo.
Não, não, não
Nada com a garganta
Nada com a voz
É com a vista.
Como?
Perdão?
É com a vista?
Como?
Peco licença e vou ao banheiro.
Espelho.
Olhos nos reflexos de si mesmos.
Veja:
Sem gelo
Sem susto
Sem contraste
Volto
O moço me olha e eu postergo
A bebida para mais tarde.
Lá fora venta
Ouço crianças
(saem da escola)
Nada importa
Nada me importa
A boca amarga
Acendo outro cigarro
Deu no jornal
Que a inflação
É coisa do mundo
Inteiro.
Termino
Ergo-me
Tudo bem, eu digo ao moço
Sem gelo.
Tremo
Não, não, não não é temer
A morte
É só que já estou tremendo-a
Não de medo
Mas de acontecimento
Puro. Retinto e
Antecipado.