Nunca antes olhei tanto ao céu.
Ouso ver na escuridão das noites
e dos dias
alguma estrela ou planeta
que eu possa responsabilizar
por minha tanta agonia.
Olho e procuro
busco e mesmo sem encontrar
sei que reside no infinito
a estrela extrema
o ponto de luz-dilema
que não me cessa
de me cercear.
Gostaria que houvesse revolução nos astros
que planetas se chocassem contra sóis
Gostaria que extraterrestres aparecessem
não para o medo
não entre nós
Mas a ponto de fazerem chocar
constelações e galáxias irmãs.
Tudo em guerra
Mercúrio no escorpião plutão
Áries lutando tenazmente com libra
vênus e alguma estrela (ainda sem nome)
Que tudo mudasse
e que na manhã seguinte
(por favor, estrelas, eu vos peço)
Eu pudesse amanhecer sem essa constante sensação
de vida sem sentido
Sem esse ranço incessante
de que sou estou e serei
(para sempre)
fossa abismo.
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