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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

das suas idéias.

me explica.
eu não entendo.
eu estou tentando.
eu estou querendo.
fica aqui, não corre.
você que deu idéia.
agora sustenta.
você tem sorte.
de eu ser assim.
caído por você.
caído pelo seu pensamento.
caído pelos remendos que você vai dando.
e de tanto remendo, olha eu neste momento.
olha.
todo colado cosido costurado.
eu assim todo absurdamente querido, amado.
eu feito pacote de surpresas.
feito pacote de drogas.
eu não te entendo.
você não era assim amargo.
não te entendo mesmo.
muda a faixa.
sou capaz de fazer algo que eu nem sei.
não vem.
tá bom, vem cá.
não dá para esquecer.
o quê?!
você pergunta.
eu vou fingir que eu sou burro.
sim.
burro.
me ajuda a te desvendar aos poucos.
me parece assim que você não é tão liso.
e disfarça o meu amor por algo assim tão...
rústico.
duro.
pedra.
preciso.
impactante.
incrível, te digo.
você é incrível.
quem é você?
não creio em nada.
você também não.
eu gosto de ser assim.
e você, sempre cruel.
comigo, sempre cruel.
em qualquer coisa.
pesa a mão.
pesa então.
mas no beijo no peito, pesa.
pesa a qualquer custo a qualquer jeito.
eu não entendo como fui capaz de me apaixonar pelas suas idéias.
não fazem sentido algum.
nem elas nem você.
a gente não faz sentido.
a gente só faz atrito.
e está bom, né?
está bom.
assim.
do jeito que está.

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