quanto mais escrevo
mais me escravizo.
Pesquisa
domingo, 30 de setembro de 2012
se você tem que ir
eu peço que vá sem partir
a sua presença me suga
feito macarrão ao molho sugo
ele escorrega entretido em próprio sangue
ele sem o molho
é silêncio enroscado
e sem gosto futuro.
eu peço
se tiveres que partir
que parta sem deixar
papel
ingresso
lasca
que me faça
em ti
abrigo.
se tiver que ir
descubra como partir
evaporando
assim, caso eu ainda tente te achar
talvez corra o risco
saudável
de um suicidar-se.
e se
alguém disser que sim.
e se alguém disser
que gosta
inda assim
ainda sim
vou tentar de novo
dar conta
nestas linhas
infelizes
do meu tormento
invisível
e no entanto
ainda hoje
tão certeiro
tão sem volta
tão cego duro e repetitivo.
mesmo que alguém fale não
fique
deixe
deixe partir
mesmo assim
vou dizer
não cesso
enquanto não cessar
o risco
de estar
vivo.
de poesia em poesia
eu gasto mais letras
perco mais tempo
sucumbo
mais desejos.
de verso em verso
eu me desoriento
mais para lá
ou para cá
de um precipício
qualquer.
23h27
no history
no plot
neither desire
today
this night
i only have with me
this coffee burned
all my life
and my list
of lies
---
i could
but did not
i should
but no,
you know?
maybe cause affraid
maybe cause shame
i don’t know
but you
are not
a real place,
yet
sujo no sujo
no no no, guy
i won’t play this fog
i use glass
with no doubt
just for my own protect
i won’t cry in front of you
i won’t play this game
of hide
and
sick
won’t ask you
won’t say nothing until you
i’ve already sad all my thuth
won’t die again on the corner
won’t write letters with heart
and cum
i won’t nothing
until you do.
guess you have already
years enough
to do
to me
your shave
is only magazine
TRIP.
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
love oh love
no
almost there
and then if i close my eyes
that voice
naturaly
she is now here inside
without no prepare
i just walk across her soft voice
skin
and drop
she makes me jump
never makes me stop
'cause she's always
towards
she is always
on top
off course
listen,
her voice
listen her
soft
and little drunk
noise
she makes me drop
a few small
tears,
while waiting tea gets colder.
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
sem bula -
mas durmo tarde. sempre tarde.
e quando ele chega,
eu já não sou eu mesmo.
olho estranho o dia amanhecido.
queria hoje ter sido de novo
só mais uma vez
apenas
FILHO.
com leite na caneca
cafuné desajustado
queria hoje ter sido
sequela sob cobertos puído
queria ter sido apenas fotografia
amarelada
e fora do quadro.
escrevo hoje os passos não dados
e se durmo
em breve
é porque não fui fraco o suficiente
para bater foto preta
do rosto
HOJE
acinzentado.
dedilhado.
lá fora
eu sinto
sabe?
eu sei
é uma tristeza que estrangula
que faz cego
quem outrora
foi capaz de ver.
ao relento
percorro o chão da sala
hoje arranhado.
existe sobre o chão colado
tristeza semelhante
àquela da qual falo.
percorro com os pés
quero arranhar-me
mas não
liso, sobrevivo inerte
à angústia deste momento.
se fosse mais fácil
eu morreria pleno
mas é tão mais fácil estar aqui
é tão simples ter desgosto
numa noite
assim
feito esta.
the same way
one more night
here i am
crossing the hours
without hands
making me smile.
i'm gone
i know i'm almost there
but
if is not your simulacre
i would not become
who i am.
all the poetry is dying
the verbs
they too
are falling
everything - but not the souls
everything over world
is dying
and this is it.
wish you could see this world
the same way
that i think me able
for see.
should i
wait a little more
or not
should i sing
with too much bravery
should i scream
with too much touch
i don't know
should i wait
the planes fall down
or not
should i just
become me
song?
for a second,
i could stay here forever
alone
only with
these songs
can you hear?
my hand is still warm
my fingers are tired
and my soul
my soul is not
something warm
me clothes
and
all my desire
Already is rested
so
Could i really
Could i really stay here
forever
If death
had not looked me in the eyes.
---
every walk
i climb
over myself
there is no peace
every drop
is also
a brave thing
no shame
no sadness
it is only that sometimes
i wish i could forget
me.
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
atrás de mim,
rumina o som do aparelho. não saberia dormir, eu penso. não. é como se minha vida, ou parte dela, estivesse lacrada ali no aparelho. como eu fosse um trecho de mim sem matéria-carne, mas tão somente virtual, database, criptografia e delete.
não sei o que fazer. se o aparelho máquina não liga, quer dizer que eu deva premer o botão contra a sua vontade e tentar a todo o custo desanuviar esta já ida. esta ideia sonsa que faz com que o aparelho esteja dormindo ligado.
esteja
---
pode parecer poesia
Não é.
mas eu não estou escrevendo
aquilo que queria.
pode parecer poesia
não é
MAS OS ELFOS não costumam visitar este blog
aqui tudo é desde já
PERDIDO..
pode parecer
mas não é
é só neblina desorientando meus olhos
meus dedos
neste segundo
em que rumino a vida
não toda ida.
pode parecer poesia,
mas tudo antes dos hífens
era apenas drogatina.
mente
faz ponto apenas
e apenas se
houver cova rasa
sob os pés
avista.
desenrola
o mundo,
e faz tudo parecer
sintonia
enerva-se a si próprio
para que o outro
nisso
veja
dinâmica
autoral
precoce
e cheirando
a 1 ineditismo qualquer.
mente,
veloz e entorpecida
que se distrai em drogas
e perde o fio
fino
no qual
repousara um dia
a dignidade.
quer morrer
quer reiventar
acumula
acumula
não sabe não querer
acumular.
por isso trota
incompleta
mente insana devora
a biblioteca
e nunca
no entanto
sabe dar paz
ao grito polifônico.
mente já ida
distante
quase sonho.
mente sincera
posto nunca possa
dobrá-la
em origami-quimera:
aquele
cheio de nuvens
e pesadelos.
mente.
dinâmica.
atraente.