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segunda-feira, 17 de novembro de 2025

o medo do mundo

Imagina afogar-se
na mistura
das mágoas

Imaginar este afundo
macio e confuso
sepulcro 

Ser consumido
pelo sumiço dalgum
viço

No céu sem sol
a lua impera
imponente

E mingua o corpo
a carne mina o
ventre crente

Mas já não sabes
o que fazer teus
ombros sustentam

o medo do mundo

e ele pesa mais
do que a sua
infância.



sexta-feira, 14 de novembro de 2025

vida é isso

cola descola
vende aluga 
precisa descarta 
amor amargura 

Achei que seria diferente dessa vez, mas o vinho foi servido 9 minutos antes de começar sua palestra

perde ganha
reclama releva
ontem agora
agora já era 

Não segue equilíbrio eu dizia essa merda não faz sentido algum eles disseram e cá estamos nós 

ama sem graça 
cuidado mordida
confiança trapaça 
o buraco na comunicação 

Ficarei tempos nesse buraco não nele mas pensando como é possível que uma coisa seja nomeada e não percebida 

Como é possível que o problema de um ser vire o envelope de outro? 

odeio sem sal
vergonha alheia 
nada é previsível 
nem possível de não ver

Ela disse
Ela disse 
Comment sei lá o quê 
Comment sei lá o quê 
 

quinta-feira, 13 de novembro de 2025

Sobre as rosas

Ele comentou que as rosas estavam estranhas. Perguntei se eu tinha colocado água no pote. Bebo meu vinho, agora é tão tarde. Como muda a maldita sorte. Muda tanto e tantas vezes que pode até ser bendita. A água das plantas tem um sabor estranho. Choram as rosas ou esse poema está imune ao pranto? O fio de cabelo cai sobre o seu olho esquerdo e te dá um ar todo disparatado. Nunca dantes pensei que haveria mais passado do que. Você me pergunta completa do que o quê? Eu te sigo que é o cansaço, só isso, que perdi amizades nos últimos anos e que algo não deve estar bom ainda que eu pense estar melhor sem elas.